Ultimamente ando tendo o tédio como meu parceiro e aliado. Com tanta novidade, com tantos lugares novos, com tanta gente nova, com tanta gente que fala, tantas palavras rodando em minha cabeça, tantas promessas, tantas risadas, tantas lágrimas, acabo nem me surpreendendo mais.
E ando esperando pacientemente aquilo que vá ser o grande motivo, a grande razão de tudo. Me culpo por ter amadurecido tão cedo e por ter me deixado viver a vida tão antes que tudo fosse sensação, hoje olho ao meu redor e todas as coisas já tem minha marca. Todos os espelhos refletem alguma fase de minha mutação e em cada cômodo tem uma história de meus 40 anos mentais.
Não queria envelhecer, nem ter a fúria ranzinza de uma senhora na menopausa. Não queria perder o espírito jovial de uma criança, que tem esperança e expectativas de tudo mudar.
Não quero que as pessoas olhem pra mim, tentando contestar meu conceitos já estigmatizados. Eu parei, cheguei num ponto em que tudo está igual, nada mais tem diferença e nada mais me surpreende a ponto de prender minha anteção por mais de 5 minutos. Os minutos de tolerância que eu tenho dado ultimamente tem sido injusto comigo mesma, pois ao invés de me fazer bem ele me cortam por dentro com a decepção.
Porém sábado, algo aconteceu!
Sábado senti um toque adolescente no ar, uma sensação despreocupada e agradável de apenas estar. De aproveitar os momentos que nos são dados, sem cobrança, sem expectativa, sem esperança, uma boa lembrança, um sorriso satisfeito, uma vontade completa.
Completa desde o momento que peguei nas mãos dele e senti a despretenção de alguém que queria me magoar, desde quando senti que seria um momento tão bom e que ficando apenas naquele momento, seria um quadro de quebra-cabeças completo, sem faltar nenhuma peça, sem descolar nenhuma ponta.
Foi apenas uma noite. Mas foi o tipo de noite em que eu olhei pra mim mesma e disse: não cobrei nada de mim, nem dele. Não esperei ter mais do que aquilo, nem menos que um beijo. A vontade de um abraço, detalhes despertanto meu desejo.
E foi quando ele pegou na minha cintura e eu vi o mundo parar. Por que... o mundo não tem parado pra mim. Há muito tempo não sinto essa sensação de escola, de fugir da diretora pra beijar atrás de colégio, de esperar a saída pra dar as mãos e ir embora. Não sei. Não tem sentimento, senão um carinho e uma atração muito grande, eu contava cada minuto pra chegar a hora do beijo e esqueci cada segundo, perdendo a noção do tempo enquanto eu o beijava.
Eu queria contar pra ele, queria que ele soubesse o bem que me fez, me mostrando que ainda sou capaz de sentir, que sou capaz de achar graça em algo. Não sei se sou capaz de me apaixonar, de amar novamente, mas já me sinto quase que completa, sabendo que não esperei nada desses dias e eles me deram bons sonhos, ótimos carinhos, beijos de tirar o fôlego como há muito não tirava, causou aminésia, causou tontura, causou taquicardia!
Me fez levantar o pézinho pra trás! Ah! Como eu queria contar pra ele que sinto o carnaval dentro de mim! Me sinto em festa, despertando pra uma nova fase, com o fôlego renovado.
Se um dia você ler isso, queria que soubesse que cada detalhe do que você fez, fez toda a diferença pra alguém que está com os sentimentos doentes há muito tempo. Sentir que não preciso fingir quem eu sou, sentir que não tenho que ter medo de sentimentos irreais, que não tenho que ter expectativas quanto ao amanhã, me dá um alívio, por finalmente algo simples, sem complicações ter acontecido. Algo que fez bem pra mim, que me fe\ sorrir, que me fez deitar na cama e estar em paz.
Você nem imagina ter feito isso, por que não conhece o que tenho aqui dentro, mas agradeço de verdade, por ter me mostrado denovo como fazer valer a intensidade de cada momento, fazendo valer à pena a felicidade!
=)
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