sábado, 16 de janeiro de 2010

Desconexo

Ele tem aquele sorriso e nada disso faz sentido algum pra mim. Não faz sentido o quanto eu quero que o tempo não passe, o quanto eu quero que o tempo corra. Nada tem feito sentido.
Eu já o tinha visto, mas nunca o enxerguei. E ele não foi a primeira pessoa que eu vi, mas quando eu vi, foi o primeiro da noite e de todo o resto.
E não faz sentido.
Não faz sentido o que eu tenho sentido, uma sensação de estar perdendo o controle, mesmo sabendo que não estou. Leve, bem leve é como eu poderia descrever meu agora.
Se for pra descrever, a sensação é parecida a de ter encontrado a diferença, o equilíbrio entre as coisas. Entre o que não existe mais num coração e num olhar e o que tem de sobra nas pessoas que confundem o que é o amor.
Ele é o meu equilíbrio, a minha eterna razão do agora, aquilo que eu vivo a cada semana intensamente, o nome que eu ouço e levanto os olhos à procura, à procura do que não faz sentido.
Não faz sentido explicar também, o que não faço idéia do que seja, mas sei que agora é! Eu sei. E disso a gente sabe, sabe como quando a gente olha pra uma rede na varanda depois do almoço e sabe que é aquilo que a gente realmente quer.
Não faz sentido, eu não sei explicar, mas eu realmente sei que quero. E sei por tudo que ele é, por tudo que ele não é, pelo muito que eu desconheço e pelo pouco que eu já decifrei, pelo nada que eu realmente estou certa e pelas milhares de dúvidas que tenho o direito de ter.
Mas eu quero, tenho querido e quererei enquanto não fizer sentido... e que não faça, pois enquanto for assim, terei boas razões pra ainda o querer.

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