Não é nada usual, mas também não é o extremo do estranho. Essa noite eu não consegui dormir, agora são 06:20 e eu preciso escrever o monte de palavras engasgadas no meu coração.
Talvez um yoga agora ajudasse pra eu me centrar, mas não tenho a coragem suficiente de abandonar as palavras que eu cultivei a madrugada toda, pra tentar simplesmente, esquecê-las.
Eu não sei ao certo do que eu quero falar. Acho que eu quero falar do amor e de como eu tenho me sentido sozinha ultimamente.
Eu tenho tentado não levar em conta nenhuma das coisas que vivi nesse ano que passei, a não ser pela parte dura do aprendizado, e essa parte dura do aprendizado posso chamar de "lembrança triste". Hoje, depois de tanta coisa, consigo olhar com olhos menos pesados pra tudo aquilo, pras decepções, pras lágrimas, pras brigas, pras frustrações e pra todas as coisas que me fizeram entrar no período que estou vivendo, de me fechar, pra apenas observar e pensar sobre tudo.
Já faz um tempo que eu me fechei no meu mundo, onde ninguém podia entrar, onde ninguém mais me conheceria com tanta facilidade. Vi nas pessoas muita maldade, andei me sentindo um bebê inocente e um adulto bobo. E, não que eu queria deixar de ser assim, mas tomei a decisão de não deixar as pessoas saberem mais quem eu sou. Quando foi preciso jogar, joguei. Quando foi preciso ser indiferente, eu fui. Quando precisei mentir, menti. Quando precisei fugir, fugi. E estou fazendo isso há tanto tempo, que eu me pergunto: até quando? Por que agora, eu cansei.
Essa noite, eu fiquei pensando em como seria bom deixar alguém saber quem eu sou. Acho que já me permiti a fase do silêncio e do aprendizado pelo tempo suficiente, afastei tantas pessoas de mim com isso, pessoas que me faziam mal, que queriam de mim o que eu não seria capaz de dar e sinceramente essa é a única causa pela qual eu posso lutar, com a certeza de estar fazendo o certo.
Minha felicidade, minha verdadeira felicidade, e ela não é mais do que estar com amigos verdadeiros, pessoas verdadeiras que tenham um amor verdadeiro por mim.
Onde eu quis chegar com tudo isso? Ando me sentindo sozinha, demais...
Perdi amores por que achei que podiam me machucar, perdi amigos por que não queriam o que eu tinha de amizade pra oferecer, perdi tantas pessoas, por escolher, selecionar, me proteger, tanta gente, que fiquei sozinha.
E só reclamo, por me sentir sozinha realmente. Dá uma dorzinha no coração, dá um aperto no peito, dá um nó na garganta, mas eu sei que isso foi o certo. Isso talvez, seja o que mais me dói: eu sei que foi o certo. Entende?
Estou sozinha e sei que vou ter que continuar assim... mas eu queria poder falar, o quanto isso dói, o quanto eu queria voltar à confiar nas pessoas, o quanto eu queria alguém pra olhar no fundo dos olhos e sentir paz. Agora já nem falo de amizade mais, falo mesmo é de alguém pra estar ao meu lado. Alguns amigos, estão conquistando seu lugar de confiança, mas ainda não apareceu alguém que possa ocupar denovo "aquele lugar" no meu coração.
Eu não sei por quanto tempo ainda vou ter que esperar, mas depois de tudo isso que passei, e da solidão que andei sentindo, fiquei forte. Não sinto mais necessidade de acabar com isso, só acho que a vida podia começar a ser legal comigo.
Eu não queria estar reclamando aqui, mas há dias tenho me sentido triste, estressada e não gosto de descontar isso em ninguém, então, acho que é o único lugar onde eu posso falar sem incomodar.
Eu tô legal, tô sim, se não tô agora, ao menos sei que vou ficar, mas estou cheia dos por quês...
Espero de coração que as coisas comecem a se tornar mais compreensíveis pra mim, por que ando querendo poesias pra escrever, não quero mais que minhas palavras fiquem assim, sem sal, nem açúcar, nem nada que valha a pena olhar...
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