quinta-feira, 27 de agosto de 2009

...Fim...

Eu queria conseguir falar, juro que queria. Mas o que posso fazer se minha incapacidade de expressar ultrapassa minhas vontades de te fazer entender? Eu queria muito que você soubesse o que é isso, queria que você soubesse que conviver na indecisão de quem você é não é fácil como parece, queria que você soubesse o que eu sinto e como eu vivo cada momento das suas confusões.
Me beija? Eu preciso dizer isso? Preciso te implorar carinho, tanto quanto te implorar perdão? Por que você é melhor que os outros? Não sei o que consigo ver senão encantamento. Magia, macumba, arte de duendes, desgraça da minha alma.
Te ter alí e não te ter aqui, tão perto quando o limite de enxergar além dos seus olhos, quanto ver sua alma, quanto sentir seu sorriso me aquecendo o coração. Noite de festa, noite de procura, caça aos tesouros perdidos e aos segredos começados. Não sentir frio, não estar só, estar no escuro mas sentir-se seguro. Não sentir. Não pensar. Não falar. Não desvendar tão além de suas risadas, pequenas palavras,  o fim.
A cada melodia me afastar mais e mais de sua afinação, de nossa afinidade, te ver ir longe, mesmo ainda sorrindo, longe, além-mar, de poder entender onde.
Me ama, por favor me ama. Me dá atenção? Pelo amor de Deus olha pra mim por que dói, ou me deixa ir sem ver. Mas não sorria por que eu fico, se você me disser oi, eu fico.
Fico por você ou pela minha necessidade de manter viva quem eu sou de verdade, a minha carência real de mim. Mas eu vou entendendo, a cada capítulo, que o todo que sou é maior, do que a parte que você é em mim e pra mim.
Te quero sim, vai dizer que você não sabe?
Mas meu coração decidiu se desapegar, juntos temos mais um capítulo pra escrever, do qual você não faz parte, no qual lua alguma, nem céus estrelados, podem mudar o fim da história, o meu encontro com a felicidade.
Meu encontro com o eu, com o mim, com quem sou eu pra mim.

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