quinta-feira, 1 de outubro de 2009

...Indefinições...

Será que o amor é definível?
Flores foram criadas segundo uma pré-definição de alguém, os pássaros também, como ia funcionar o ódio, a vaidade, também já tinha sido decidido e por que somente o amor, dizem não ser definível?
Eu vejo muito mais além do indefinível do amor, vejo medo de encontrar respostas e verdades dentro de sí, sobre suas frustrações sobre o amor, é o mesmo que ter que enfiar a mão no rio pra pegar algo que caiu lá e achar que não corre risco de acabar sendo mordido por algum bicho de lá de dentro.
Procurar as verdades sobre o amor dentro de você é correr o risco de mexer em um assunto que vai trazer outras lembranças. Acho que é pra poucos a coragem de definir o amor, é pra poucos o caráter de questionar o que outras pessoas já disseram que era verdade. Eu vou mais além; existem poucas pessoas questionáveis verdadeiramente e essa grande maioria que não é, passam a ser sem sombra de dúvidas, as pessoas que não sabem se relacionar.
O amor nada mais é do que o respeito, a inteligência emocional, pra saber até que ponto ir com o coração de alguém, até que ponto levar as esperanças no seu coração. E existe um limite chamado fim, que quando algumas pessoas chegam, não são capazes de enxergar, preferem achar que a esperança resolve tudo e na realidade, só se entregam pra um fim mais doloroso, que chega a ser tão triste, quanto se tivesse terminado naquele momento que deveria.
Agressão, infidelidade, descaso, indiferença, são resultado de um amor mal compreendido, de uma incapacidade intelectual de entender que o fim chegou, de que os limites do amor eram isso e aquilo, pra poder ter parâmetros comparativos pra olhar e pensar: meu amor não é mais isso.
Difícil encontrar em pessoas, a facilidade de se expressar sobre sentimentos, de saber realmente do que está falando, de ter as certezas necessárias pra defender seu sentimento.
Eu ganhei um livro há 3 anos, e havia esquecido ele num canto, incrível como cabia uma vida nesse livro e eu nunca dei bola pra ele, de repente eu o encontrei e em apenas 3 horas ele tinha mudado tudo. Aprendi com ele toda a definição e a indefinição do amor. Todos os meus conceitos e minha reflexões puderam vir à tona e eu pude entender uma vida em segundos. A complexidade das palavras, a forma certa de definir algo, estava tudo alí, entre linhas e letras.
Pra se definir o amor, tem que se prestar atenção nele. Por várias vezes, eu simplesmente deixei de lado e me esquivei de prestar atenção pelo medo de resgatar minhas lembranças, pelo menos de encontrar algo que pudesse ser mais uma vez decepção, só que tem hora, que é bom aprender. Tem hora que é bom arriscar e pular de cabeça nesse mar, com a certeza apenas de que pode haver uma pedra bem ali e você pode se machucar.
Hoje aprendi, que o amor vale o quanto podemos pagar e se as coisas não são pra sempre, se nossas alegrias às vezes são repentinas pelo menos valeu, cada segundo que vivemos a felicidade, cada momento que pudemos fechar os olhos e abrir o coração pra sorrir.

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