segunda-feira, 14 de junho de 2010

Desabafo, ódio e tatuagem.

Eu ando cansada das mentiras
De te ver se enganar com suas idéias mesquinhas
Seus ideais cheios de palavras bonitas
E sentidos vazios

Eu andei cansada de me sujeitar
De me abraçar sozinha
Me confortando e protegendo do seu surto
Da sua amargura e melancolia

Andei sendo mais senhora, menos menina
Andei sendo mais homem, menos mulher
Fui mais monstro, menos gente
Mais crueldade e menos amor

Hoje, eu odeio qualquer coisa que se ligue à você
Odeio qualquer frase barata e alcóolica
Odeio o amargo, a loucura e a depressão
Por que o pouco disso tudo me faz sentir quem você foi
E eu tenho nojo

Odeio toda tatuagem em minha mente
Suas lembranças sujas em minhas palavras
Estas marcas que você deixou e eu estou escrevendo agora
Essa frase podia ser feliz

Espero que se livre do ácido, da bebida e da bunda
Espero que se mate enforcado em seus dramas
E que sua desgraça te faça acordar
Espalhando cacos pelo chão
No dia em que atirar sua coragem no espelho

Se apaixonar por si mesmo é fulga
É egocentrismo e egoísmo pra não colecionar inimigos e rivais
É medo da decepção e escolha pela eterna solidão
Mas é merecimento seu, essa foi sua luta

Você venceu e como você queria
Está sozinho, derrotado e tão sem gosto quanto um nada
Andam dizendo que o inferno é o melhor jeito para sair
Vou dar uma olhada ao redor e me informar pra você!

Eu só peço que não faça disso seu sentido pra viver
Seu sentido é o ódio, continue a viver dele
Minha loucura, é minha e não te compete
Não diz respeito algum à quem você é

Vou muito bem, obrigada, sem seu amor ou indiferença
E não tente se explicar, pois aqui dentro você não vale nada
Não tem mais nada a conquistar
Te desejo apenas a morte, é o único desejo que tenho por você

Desejo que chegue ao fundo de tudo isso
No fundo do poço que você cavou
Só assim existe uma esperança de que você renasça
E pela paixão pela arte, talvez
Eu possa ter ainda compaixão pra te dar
E estar aqui ainda pra estender as mãos
No dia que você pedir perdão e conseguir enxergar tudo o que tudo significou, lá atrás.

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