terça-feira, 12 de maio de 2009

Amanheceu.

Amanheceu dentro de mim e alí fora.
Tem pássaros no céu e borboletas na minha barriga.
Uma interrogação na minha testa.
Um olhar desconfiado abaixo dela.
Baby, que palavras você vai dizer hoje pra me convencer?
Quanto você vai gastar pra me comprar?
Você é rico. Rei da fortuna mais cobiçada.
Sim, eu te vejo gastando, esbanjando,
Tudo que tem sua marca passa a perder o valor.


Eu sou a rainha da dor e você veio comprar comigo.
Veio gastar aqui sua forças e seus dedos.
Veio desfilar na minha mente como se eu fosse realmente guardar sua imagem.
Tentar me fazer derreter entre seus braços e escorregar pelo chão de madeira.
Não! Ainda é o raiar do sol, talvez mais tarde eu me deite, me deleite.
Talvez à tarde eu te ligue eu me ligue em você.
Mas agora não, ainda tenho muito o que correr atrás.
Tenho uma história pra construir até o meio dia.
Tenho uma mente voraz e fértil que faz minhas mãos doerem.


Seja louco então, rasgue notas de raiva.
Faça acordes lucrosos, que sejam tangíveis aos meus instintos.
Me beije e se convença do meu veneno.
Agora você não tem mais tempo, acabou.
Te matei, abra minha calça com seus olhos.
E me lamba com sua mente, pois estou indo.
Longe, dos seus olhos azuis como o céu..
Ao entardecer do céu eu vou voltar.
A ser sua, sua companhia na morte,
Em meus braços você vai ter sua última cama.
Quero te ver desgrenhar e não chorar.
Por favor goze este momento, não quero me sentir má.

Não quero apenas roubar seu ar.
Olhe em meus olhos, você realmente acreditou?
Aqui não há amor, aqui só há vingança.
Meu coração é feito por elas.
Almas feridas, peles rasgadas, os olhos pretos.
Adeus, fique, não venha atrás.
Sou apenas olhos verdes e uma voz susurrando.
Eterna em sua mente.

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