terça-feira, 5 de maio de 2009

Manicômio

tentando explicar meu surto emocional!
ele era tão. tão. sabe? aquele tipo tão. inexplicável. 
não que isso seja inexplicável. mas ele é totalmente inexplicável. 

e eu tento explicar. vivo tentando inutilmente entender como ele faz pra ser assim. 
todo cheio de arestas e detalhes. que tanto sobressaem, que tanto brilham. que é impossível enxergar e entender sua forma. 

sua fórmula. qual Deus usou? que raio de perfume italiano masculino ele quis fazer. que saiu esse homem com todas as características de um sonho de consumo feminino? 

suas notas de bergamota e carinho. de pimenta branca e beijos açucarados. 
seu olhar é como um informe publicitário. diz tudo que você precisa saber sobre. sem muitas palavras e complexas definições. 
leia-se: diz o que você precisa saber sobre. 
entendendo: diz sobre mas não explica quem ele é. 
jamais! e é por trás de tanto mistério que você se perde. se perde no tempo e no espaço. perde a hora. perde o rumo. perde o controle das sensações. dos pensamentos. e da situação. 

e de uma simples música ele se tornou uma coletânea toda na minha vida. virou versinhos. e histórias. 
e foi tomando todo o espaço. como quem não quer nada. como quem sempre diz que não quer e usa dessa lábia toda pra te convencer a contar onde está a chave. roubá-la e ir correndo abrir a porta. 

bem que se quis. como dizia marisa. e se quis tanto que se fez. e quando é pra ser, ponto, vírgula, ponto e vírgula, exclamação. é. e é simples como o leite fervendo todo no fogão. você acha que está tudo sob controle. e de repente ferve de vez. 
um carnaval. sabe aquela: se o amor é uma fantasia, então estou em pleno carnaval? 
diferente do leite derramado que fez caca, todo esse sentimento lava a alma e te faz melhor a cada dia. e faz tudo melhor. tudo mais feliz. 

esse monte de palavras foi ele que fez em mim. culpa dele. que tem hora que faz todas as palavras fugirem. sumirem da mente e da boca. e dá um branco. as pernas tremem. o coração dispara. e tudo vira foto. a lembrança congelada de uma sensação totalmente colorida. 
e noutras horas as palavras ficam saltitantes. cheias de explicações, curvas e cantos. com várias flores e carinhas felizes desenhadas no mesmo papel. 
é efervecente tudo aqui dentro. desse meu mundinho de overdoses verbais. 
tudo cheio. de uma coisa que infla o ego. o coração parece sair pela boca por que num cabe no peito. 
não cabe em palavras. 

e por enquanto é só. até eu ter outro surto de amor. e vir tentar explicá-lo denovo! 

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