quinta-feira, 21 de maio de 2009

Heim?

Entre o sonho e a realidade, eu te encontrei por acaso em palavras, não acreditei quando vi por trás do vidro cortante olhos tão fascinantes, sorriso tão embaraçoso, vontades que não me deixavam estar. Estar longe, pois perto eu faria minha morada, faria um parte do nada, escudo e espada, palavras que rimassem infinitamente pra te mostrar o que eu vivia a cada segundo que você respirava e seus dedos se mexiam e eu te devorava.


Devorei seu coração, cada milímetro de suas idéias. Me deixei encantar por algo bem maior que um sonho, que uma realidade, que uma mentira, que só vaidade. Ilusão e perplexidade. Me encontrei em seus cabelos, no tom frio da sua pele, no mantra sereno de sua voz. Entre suas muitas cores e melodias eu descobri o tom. O tom da alma da cor do pecado o tom da canção de uma sinfonia perfeita, algo delicadamente afinado.


Quero apenas hoje te roubar aqui e te trazer pra um mundo, de desejos e desvaneios, de loucuras impróprias e amarelas, vermelhas de vergonha, tão brancas de sentimento e negras de mistério. Vem pra onde você vai se perder de si e se encontrar em mim. E foi assim. Quando eu me encontrei em você desejei totalmente sua alma na minha estampada.


Além-mar, além-montanhas, além de qualquer coisa que não importe, pois nada é longe, nada é distante, nada é difícil pra quem tem a raiva do amor e a força da dor.
Tenho a raiva e a falta de pudor. A soberania dos insanos que riem ladrando suas verdades. Não quis te confundir com riqueza nem com pobreza, nem quis te enroscar em meios às grades. Mas enjaulei meus sentimentos em curvas e pontos e vírgulas melindrosamente apontadas.



Quis dizer que eu te amo. Quis dizer que não sei simplesmente de mais nada.

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